quarta-feira, 4 de março de 2009
Do tamanhinho do nada... e maior que tudo...
É, eu estava me conformando em ficar sem você, sem teus abraços, sem tua voz falando coisinhas pra me conquistar, mas aí, você reaparece. Reaparece com todo teu conhecimento sobre mim, me seduz daqui, me seduz de lá, e me pega de volta pra você. A porta tava fechada, você bateu algumas vezes, ficou sentado do lado de fora esperando que eu abrisse. Fiquei com o coração do tamanhinho do nada e maior que tudo, abri. Vem você e me abraça toda, abraça até meus pensamentos, meus gestos e me deixa mais quente. Tava frio sem você, tranquilo, mas frio. E você esquenta tudo, me convencendo de que por mais doloroso que seja, é do seu lado que eu devo ficar. Do seu lado?! Bom, só quando você me quer, e eu fico á mercê dos seus caprichos. Pq?! Pq eu sou boba, e você me deixa ainda mais, sempre que sorri com dentes fortes, e me pega com braços ainda mais fortes. Você me segura, você me prende, você me toma, e eu fraca que sou, entrego esse coração todo quebrado que você insiste em deixar sempre que se vai.
Nem sempre sou assim, dócil, só que você doma essa mulher sem amarras que criei em mim. E como doma! Viro bichinho de estimação, troféu de prateleira, assim, de bandeja. E não importa como, nem quando, nem aonde, meus melhores beijos sempre serão seus. E você sabe, sabe tanto que me beija como se eu fosse a única, até me sinto, mas o depois. Ah, o depois! Até disso esqueço, quando você alisa meus cabelos, quando sente meu cheiro e gruda em mim, fingindo ter medo de que o mundo se acabe naquele momento. És tão cheio de truques, e me coloca na primeira fileira desse teatro estúpido. Cansei das tuas interpretações, já vi todas as tuas peças, e encenações. Mas, pq danado, ainda te aplaudo de pé?! Pq eu sou tola, muito tola.
A gente se odeia, se desentende, e depois fica tudo bem. Eu pinto esse quadro com muitas mais cores do que você pinta, e daí? E daí, que eu sou a ridícula? Um dia terei a resposta, ou até a gana de não abrir mais nada de porta pra você. Enquanto isso, te deixarei entrar, pq só uma masoquista poderia gostar de um tamanho narcisista. E em um prazer insensato, sorrio mais uma vez e apago temporariamente o ódio que você quase sempre me faz sentir.
Fico pensando em como tudo é diferente, tudo é aventura, tudo é arrebatador, quando tu me agarra e me puxa pro teu mundo. A gente se beija, desejando chuva, e do nada nuvens se formam e as gotas começam a cair entre nossas bocas grudadas. Penso que é bruxaria, só pode! E você deve é ter lançado um baita de um feitiço sobre essa pobre princesa perdida. Tá, eu sei que esse papel de mocinha, não cabe em alguém que apresenta tanta força, em seus cabelos avermelhados, mas essa fantasia cai como uma luva em mim, quando é você quem manda vestir. Ah, é tudo um conto, e eu sempre aumento alguns pontos, pq eu gosto é de coisas fantasiosas. Mais uma vez mando ás favas, a porra da realidade chata, só pra curtir essa coisa doida que nos une. Sabe o que é?! Tu me faz livre, me solta, me liberta. Parece até que eu descobri o mundo, e é tudo tão intenso. Aprendo e aprendo, desaprendo e desaprendo, crio uma utopia. E é tão embriagante, tudo isso. É isso! Você me embriaga, fico de porre, e depois me ferro pra curar a maldita ressaca que só você me dá.
Não sei de nada, absolutamente nada do que se passa em você quando olha pra mim. Mas, dá uma vontade danada de ler cada pensamento. Um mix de vontade e medo, claro. Sei lá se tem coisa boa aí, ou se você me olha como um objeto. Ando permitindo que você me use, mas aviso logo, que essa coisa nociva não será feliz pra sempre pra você. Sei muito bem que o meu "feliz para sempre", não é ao seu lado. Tem nada não, uma hora isso acaba, e vou lembrar com uma certa raivinha de ter sido tão maluca. Enquanto isso, eu me divirto e depois sangro.
Quem sabe um dia a princesinha perdida, dá um tombo no vilão sedutor da história, hein?! Bem sabemos que nessa história, é tudo muito do imprevisível. Não se encha de confiança, pq eu sempre saio dessas enrascadas no momento mais inesperado, e coincidentemente, deixo alguém no chão. Viu?!
Mas, me beija, me beija forte, me abraça forte, me faz pequena, faz tudo diferente de todos, que eu até vou deixar essa minha força de lado, só pra poder ficar contigo. Pelo menos por ora! Por ora, abrirei a porta.
[Rafaella Rocha]
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Um comentário:
Que paciência pra escrever grandão, hein... Me identifiquei com o texto. Ain.
:*
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