segunda-feira, 30 de março de 2009

E essa história de nós dois... sem fim, pra mim.


Como eu disse antes, eu nunca, nunca desistirei de você, mas é chegada a hora em que me vejo obrigada a parar de viver esse conto de fadas que criei para mim, para nós. Sim, meu amor e devoção, continuarão eternos e ainda morrerei e matarei por momentos felizes ao seu lado, a questão é que isso não será mais prioridade. Não, não posso, e não vou priorizar alguém que mal me vê, eu pensava que você apenas não me via como eu te via, eu estava enganada, você NÃO me via. E tudo isso dói, tudo isso está doendo bastante, mas é necessário.

Vou trancar esse amor tão imenso e infinito que resolvi te dar em algum dos cômodos mais escondidos do meu coração, trancarei esse sentimento, esperando ou não, libertá-lo merecidamente por você, um dia. É como parar de ler um livro bom, ter que esconder esse meu amor e calar minhas ilusões e sonhos, é como se fosse a melhor história de amor do mundo. Eu não sei como serei agora, que não serei mais toda você, é difícil mudar, muito difícil na verdade, mas ser você quando você nunca me será, é insano demais até para alguém como eu.

É fato que ainda “quase-morrerei” ao te ver como sempre... Que vou te procurar ao sentir teu perfume... Que vou continuar sonhando contigo... Que você continuará sendo o meu melhor sonho... Na verdade tudo continuará praticamente igual, com o diferencial de que não vou abandonar a realidade sempre que ouvir o seu nome, agora vou dar oportunidade ás oportunidades. Não quero mais ser perguntada por você com zombaria, afinal todos nessa cidade sabem do meu amor por você, nunca escondi e jamais esconderia esse pedaço de luz que você pelo simples fato de existir, colocou em meu coração.

E aí, quem sabe um dia?! Ou quem sabe em outra vida, eu poderei destrancar esse infinito daqui de dentro de mim, e viver tudo o que há para ser vivido, tudo o que tinha no melhor livro que eu já li, o livro da História de Nós Dois.
[Rafaella Rocha]

sábado, 28 de março de 2009

Minhas Lágrimas, por e para você...





Pela primeira vez, você realmente me provocou um belo nó na garganta, e o fez com consciência do que estava fazendo. Sabes bem que todas as pessoas no mundo suportariam uma atitude indiferente ou cheia de descaso sua, menos eu. Poxa, depois de tudo o que eu fui, sou e sempre serei por você, eu merecia um "tô sem paciência ou sei lá, mas com ela não, ela não posso maltratar". E nem isso! Você me veio com uma simples frase, uma resposta. E isso me doeu mais do que todas as coisas mais terríveis que já ouvi. Não, você não falou nada de cruel, você simplesmente não foi o meu você de sempre.

Tá vendo, Rafaella?! É o que dá idolatrar alguém tanto assim... Tá sentindo agora que o nó na garganta já consegue provocar lágrimas?! E a sua voz já tá ficando embargada, tá vendo?! Já dói falar. Pensativa, me respondo... Pois, é... Eu sabia!

Eu nunca tinha me magoado diretamente contigo, na verdade eu mesma me magoava interpretando cada gesto teu, e dando de cara com meus erros de interpretação. Raramente estive certa com os teus sinais, e hoje entendo que eu só via o que queria ver. Não me culpe por ter sido tão iludida a ponto de ser burra e distorcer suas atitudes, dizem que é um dos sintomas dessa doença chamada amor. E é, essa doença está manifestando todos os seus sintomas, todos de uma vez, todos fortemente me consumindo.

É assim, meu amor por você, me consome, me engole, me arrasta para um mundo mítico e sem janelas. Só você tem a chave, só você poderia me fazer respirar em plenos pulmões, você sempre será o melhor ar, o ar que eu quero respirar.

Sim, eu te amo... te amo mais até do que sei, pois sei classificar todos os meus sentimentos, sei dizer o que significa cada fisgada que meu coração dá, mas é só quando penso em você, que confundo a gritaria que meu corpo e alma insistem em dar. Eu choro, choro de desespero, é difícil não entender e entender tão perfeitamente, esse presente de grego que é meu amor sem limites por você.

Enxugando minhas lágrimas, sarando minha dor, rezando para não mais sofrer tanto assim... Não por você, supostamente você não seria capaz de me machucar, lembra?! Então, supostamente não devo mais sofrer tanto assim por você.

Confusa, muito confusa, minhas palavras parecem não gostar uma das outras e se desentendem, formando uma bagunça cheia de letras sem sentido, apenas cheias de sentimento. É, está tudo confuso, muito confuso.

[Rafaella Rocha]

quinta-feira, 26 de março de 2009

É impossível?! Talvez...



" Há de fato algo de irresistível numa causa perdida... " (Frase do livro Eclipse - Stephen Meyer)
E de repente, tudo o que tanto questionei, fez sentido. Assim do nada, entendi que o que mais me atrai nisso tudo é esse charme irresistível que você, minha causa perdida, emana. Sei que o conceito de impossibilidade é algo relativo, e volúvel, muito indefinido. O que lhe parece impossível, pra mim pode ser além de possível, muito tentador, justamente por ter esse sabor de desafio. Não que essa seja a maior força que me move, não, não mesmo, pq bem sabemos que o que me move pra querer sempre estar perto de ti, é o que minha alma conhece. Sim, minha alma, foi exatamente ela que gritou aos berros quando te vi, por isso fiquei calada e estática, estava mesmo tentando entender o motivo de tantos gritos e palavras descompassadas. Sinto que somos como imãs de campos magnéticos diferentes e variáveis, ás vezes você me repele mesmo eu sempre sendo atraída, e em outras você permite que esse impulso físico complete sua jornada, você permite que eu cumpra essa linha que me atrai á você. E nos juntamos, mesmo sem fazer sentido, mesmo que momentaneamente, mesmo que com prazos.
Ando pensando mais do que o normal, sobre como essa nossa história foi tão mais escrita por mim, em como eu passei noites procurando letrinhas e formando palavras, enquanto você só passava o olho ao final do meu imenso esforço. Será mesmo que existem pessoas que em uma história dupla, escrevem muito mais que a outra?! Pelo menos nessa nossa, eu sou essa que sempre escreve mais, você aparece dando vírgulas e pontos, sempre decidindo o sentido daquilo que escrevo. Isso me irrita, sabe?! Me irrita saber que quando você me permite estar em sua vida, é apenas pra poder controlar como escrevo a história de nós dois, mesmo ambos, sabendo que isso tudo aqui nunca foi nem por um segundo, prioridade pra você. Mas, minha irritação sempre passa, no instante em que pisco, nada de ruim dura em mim por você.
Como posso ainda ser assim tão fascinada por alguém, que por vezes resolve ignorar minha existência?! E quando me acostumo com essa indiferença, você vem e fala mansinho, fala que tomará decisões que mudarão o rumo da tua vida, isso da TUA vida, mas que pra isso precisas saber que terás o meu ombro pra se apoiar. É como se eu também mancasse, mas pra você se apoiar, eu servisse, mesmo que depois isso tudo me fizesse mancar muito mais por ter carregado a nós dois. Você não se importa com as marcas que tuas mãos fortes fazem em mim quando te seguras nessa pessoa tão obstinada por você. Parece que você precisa mesmo de mim, você precisa de alguém que sangre até morrer, só pra poder ficar perto de ti... Você precisa de alguém que com apenas um "oi" teu, queira dar "adeus" pro mundo inteiro ao passo que se curva nos teus pés. Sim, eu já notei, enquanto eu te amo e te adoro, você me tem como mão pra te tirar dos poços em que você cai. E eu não me importo!
Eu realmente posso lidar com isso, acredito até que eu permiti que tudo isso acontecesse, e sou muito mais culpada do que você. Sempre soube dessa barreira que nos impede de sermos um só, embora não saiba do que ela é feita, e nem se é possível destruí-la, sei que ela sempre nos separa. Posso sentir teu perfume só de fechar os olhos, posso lembrar de todos os teus beijos e sorrisos dispensados á mim, posso lembrar de todas as tuas fases, faces e momentos... Posso lembrar de quantas vezes eu te disse "estou aqui, vou te ajudar"... Mal lembro o que vesti ontem, mas lembro bem de tudo o que te envolve, pois em algum segundo daquela noite que nos conhecemos, eu decidi inconscientemente que sempre "estaria aqui, por você". E, sim, sempre estarei, é essa a minha verdade.
Enquanto espero que um dia acordes, e veja quem realmente te cuida, te quer, te respeita, te venera... Fico por aqui, respondendo aos teus chamados ou tentando escutar caso grites por socorro, sempre aqui. E correrei o mais rápido que eu puder, pra te socorrer. Que estúpida masoquista, eu me tornei, né?! Mas, é que pra mim, tudo faz sentido quando faço algo que me deixa perto, ou quando sinto que você me quer por perto, e não me importa se são por segundos. Se não for nessa vida, que seja em alguma de nossas próximas! Desperta para algo que é óbvio, só eu colocaria tua felicidade acima de tudo, só eu faria de tudo para te ver infinitamente feliz, e sim, eu me machucaria se fosse necessário, és mais importante pra mim, do que eu mesma. Eu nunca, nunca desistirei de você, pois vejo através de tudo isso, e sei que talvez nós sejamos os imãs perfeitos, as peças perfeitas, o encaixe perfeito, e sei que faria o impossível não existir. Quem sabe um dia, tudo isso seja possível?! Quem sabe essa parede invisível que há entre nós, não desaparece?! Eu estarei aqui, esperando.
Eu te espero desde sempre, e vou te esperar pra sempre...
[Rafaella Rocha]

sábado, 21 de março de 2009

Reações... ridículas reações...



A primeira coisa que fiz ao abrir os olhos hoje, foi pensar em você, isso sempre acontece quando te vejo passo dias acordando pensando em você, e ah, pensando também em alguma coisa ridícula que fiz. É sempre assim, sempre faço alguma coisa bem boba e (ás vezes, bêbada), mas é que eu simplesmente não me reconheço desde que te conheci. Faz tanto tempo, e ainda sinto que toda vez que te vejo é como na primeira vez que te vi, na verdade sinto todas aquelas sensações novamente. Fico zonza, ruborescida, falo sem parar (e só falo porcaria), meu coração parece querer sair do meu peito e se entregar a você, começo a tremer, e definitivamente acho que existem borboletas dentro de mim. Ontem não foi diferente, agi ridiculamente pra variar, e me sinto bem ridícula hoje.
Contigo não consigo ser charmosa, pelo contrário, não consigo nem falar algo que faça sentido, não consigo me sentir nem bonita, nem inteligente, não me sinto nada suficiente pra você. Me sinto com 12 anos de idade, totalmente boba, e incrívelmente alucinada com esse lance de paixão. Eu não sei como agir com você, eu não sei mesmo. Nada do que sei, se aplica a você, nada.


Você é tudo o que eu sempre quis, ou sei lá, acho que passei a querer tudo que fosse você. Te quero tanto! E em mesma proporção de desejo de te ter, tenho medo de te ter, apesar de saber que isso não vai acontecer. A propósito, sei sim, que é um amor platônico! Ou você acha que eu não sei o que sinto?! Sei e muito, sempre soube, que eu vou te olhar de uma forma, e que você sempre vai me olhar de outra. Eu nunca serei pra você, o que você é pra mim. E quer saber?! Já me senti muito mal por isso, hoje em dia, não me sinto mais. Já te disse mil vezes, que me contento em te ter na minha vida, não importa a forma. Hoje até entendo que você ache isso engraçado, e talvez seja engraçado mesmo, ser assim "tão pra sempre apaixonada por alguém". Você é um sonho bom pra mim, e pra você, eu sempre serei uma sonhadora. E talvez, seja melhor continuar sonhando, não suportaria a ideia de descobrir que você não é nada do que penso. Quero continuar pensando em você quando o assunto for "amor verdadeiro", mesmo que pra isso, seja necessário trancar esse amor dentro de mim pra sempre, sem ao menos ter-lo vivido.


Ai... ai... ai... Hoje estou curtindo o meu "um-dia-depois-de-você", meus pensamentos estão todos muito longe, meu coração parece estar amarrado por quilômetros de arame farpado, meus olhos brilham mais, está tudo mais lento e mais colorido. Mas, passa! Sei que isso passa, e que já já vou me distrair e pensar menos em você. Afinal, você é meu sonho, mas eu ainda tenho uma realidade.



[Rafaella Rocha]

quinta-feira, 19 de março de 2009

Uma pequena, pequena fábula sobre passarinhos... ou sobre o amor... Sei lá...



Havia um passarinho preso em sua gaiola, embora confinado, mantinha o brilho de suas penas, emitia um som lindo, era tão ou mais lindo do que os passarinhos que voavam por aí...

Certo dia, atraiu uma certa passarinha, que após ter se libertado a duras penas, passou a amar acima de tudo, sua liberdade. Ela, muito curiosa, se aproximou deste passarinho, e como que em um passe de mágica, surgiu o tal encanto de um pelo outro. Ela ficou intrigada de ínicio, afinal ele estava e queria continuar preso e ela livre. Como isso poderia dar certo?!

Eis que ao voar por aí, ela (burra), sentiu falta dele e passou a desejar a companhia dele em seus vôos. Ela queria muito mostrar a ele o mundo, e mostrar também o quão maravilhoso é ser livre. Infelizmente, ele não compreendia que podia viver sem ser dentro daquela prisão. Puro costume! O prenderam logo cedo, e para piorar, mesmo depois de olhar pelas grades da gaiola e ver a imensidão lá fora, ele permitiu continuar prisioneiro. Ela não, por isso fugiu...

Mas, o amor é muito do teimoso, muda tudo por dentro e acabamos querendo salvar o mundo, ou apenas ser felizes. É uma pena descobrir que não podemos, pelo menos não quando um só quer.

E o que aconteceu?! Tcham-tcham-tcham...

Não, ele não fugiu pra voar com ela, ela que se prendeu pra viver com ele, apesar de consciente da dificuldade que estava pela frente, ela apostou na força desse amor, e se trancou na gaiola dele. Uma gaiola terrível por dentro, era feita de tudo o que ela mais desprezava: preconceito, supervalorização da opinião alheia, costumes de uma sociedade hipócrita, fofocas, maldade... Enfim, coisas que o rodeiam desde pequeno, ele é que ainda não descobriu que se prender nessa gaiola, é renegar o ar no rosto de se libertar...

Ela persistia em continuar ao lado dele, por amor, por muito amor, mas seus instintos berravam. Pra esse amor dar certo, um dos dois teria que negar sua natureza. Certo?! Ué, pra ele, ela teria que abdicar de tudo, lógico! Ele sempre exigiu tanto dela, e essa era mais uma exigência. Ok, ela se prendeu, viveram juntos por algum tempo, foram felizes por algum tempo também... Mas, ninguém pode negar o que se é. Né verdade?! Logo, dentro da gaiola, eles começaram a se machucar muito. Então, ferida, ela fugiu, durante um tempo não conseguia mais voar como antes, seus machucados incomodavam muito.

Aos poucos ela foi se curando, e ele acostumado com ela dentro de sua gaiola, voava de forma limitada, assim se machucando. Ela continua voando livre, e sempre continuará... Ele continua preso, e também sempre continuará...

E fim...

Simples, né?!





[Rafaella Rocha]


terça-feira, 17 de março de 2009

Dor, fisgadas e amor...


Quer saber?! Eu não ligo, quando me chamam de louca. Eu preciso mesmo sentir cada dor e fisgada de amor. Abraço essa depressão que até forma criou, e ela é grande e me sorri sarcasticamente, como que em desafio. Preciso cutucar essa ferida, tirar a "casquinha" e me ver sangrar. Devo ser doente pra gostar desse clima escuro, do meu rosto sempre molhado, e dessa vontade de morrer e sumir que só você me faz sentir. Quando desligo o telefone, tua voz persiste em ecoar. Mas, aí vejo as imagens daquilo que te tornaste, tuas mentiras e da tua mais nova companhia que jurei não mais classificar. Tinha prometido não mais me jogar na frente do teu carro acelerado, pra não sentir a dor do atropelamento dos meus sentimentos. Mas, é que eu vivo andando distraída pela rua, escutando as músicas que tanto nos marcaram, e lembrando o quanto o tempo passava devagar ao teu lado. É quando te amo de novo, e me esqueço do teu carro que passa em alta velocidade sem frear quando me vê. E caio em plena estrada, quase morrendo pela nonagésima vez.Quase sempre isso passa, consigo lembrar de ti menos de um milhão de vezes, e até te esqueço algumas duas ou três vezes.
Deixaste de ser quem pra mim, eras, mas insisto que sejas, insisto na tua lembrança e em teu jeito de me enrolar, justo a mim que sempre fui esperta. Mesmo que eu sempre te veja dando as costas, indo embora ainda perfumado e com o cabelo impecável, e com ar de quem sabe o que tem pra viver. E eu? Eu fico sempre sangrando, com o rosto todo borrado e molhado, gemendo de dor e tendo pena dessa menina que vejo no espelho. Você sempre leva um pouco da minha vontade de viver no bolso da calça, quando sai daqui, tudo isso pra ter uma certeza egoísta de que alguém não viverá muito sem você.Tem sempre alguém querendo contar algo novo sobre você, e eu tampo os ouvidos, mas dou asas á minha imaginação. E acho que ela é bem mais cruel do que a verdade, pois nela vejo você com outro alguém rindo desse amor bobo, mas infinito que resolvi te dar. E isso dói, dói mais do que qualquer outra dor. E num prazer masoquista, deixo essa maldita dor me corroer, e correr por cada gota do meu sangue.
Eu chego no ouvido da depressão, e dessa vez eu a desafio.Te favoritei, pra poder acompanhar tua vida virtual, e imaginar o que acontece no teu mundo real. Vejo nas fotos todos os teus sorrisos, todos aqueles que já sei de cór. Tem o sorriso "deixa disso, vem cá...", tem aquele também "tu pensa que me conhece, idiota...", dentre tantos tem aquele "eu vou te machucar, e fingir que é sem querer depois, e como sempre, você vai acreditar, Rafaella" e esse eu odeio mais. Mas, continuo a querer qualquer um deles, apenas pra ver os teus dentes fortes e tua boca macia. Ainda quero passar a mão nos teus cabelos, e deixar-los assanhados, no estilo "recebi carinho". Assim, como os teus cabelos correm pelos meus dedos, correm as tuas mentiras e as tuas verdades, fazendo minhas mãos e alma, sangrarem. E mesmo assim, eu te faço carinho, mesmo ardendo e me tirando do meu próprio caminho.Esperança não combina muito com pessoas como eu, o que mais se aproxima dessa palavra ridícula pra mim, é saber que ainda vou encontrar dores que machuquem mais e deixarei para trás as dores que você me traz. Irei em busca de novas fisgadas, e novas formas de chorar até perder o ar, e quem sabe assim um dia, te esquecer.
[Rafaella Rocha]
P.S: Texto já passado, já encontrei novas fisgadas e outras mil formas de chorar até perder o ar.

segunda-feira, 16 de março de 2009

Quem poderá dizer...




E quem poderá dizer que é pecado sentir-me como me sinto?! Eu sinto, que me sinto muito, sinto-me tão e tanto, que é o que mais sei fazer. É sentir... sentir... e sentir...

Olho para o teto mesmo no escuro, buscando por alguma luz, e por delírio, até vejo algumas coisas. Mas, meu também delirante coração se perde em tantos delírios marcantes... são muitos... Devaneios progressivos, sempre tão cheios de risco...

Eis que surge o desespero, e sopra em meus ouvidos as mais terríveis palavras para me desencorajar... E ás vezes, fico desencorajada mesmo, não posso negar...

Mas, sempre volto, acordo corajosa, mesmo após dormir com tanto medo e tanta vontade de não acordar... É quando olho novamente para o teto, e agradeço por nunca desistir...


[Rafaella Rocha]

quarta-feira, 11 de março de 2009

Coração em chamas... muitas chamas...


Estava tentando dormir, inutilmente, tentando muito dormir. Tinha um certo sono, ou sei lá se era sono, talvez fosse mais vontade de apenas dormir. Quando eu durmo as coisas costumam passar, ou pelo menos sinto menos. Passeei por todos os centímetros da minha cama, e a senti como se estivesse em brasas e nenhum canto era confortável o suficiente para me fazer atingir nem o primeiro estágio do sono. A cabeça á mil, pensamentos á mil, sentimentos á mil, eu á mil. Pensei: "É mais uma longa noite de insônia, já estou acostumada!" Achei que fosse mais uma daquelas noites normais em que eu simplesmente não consigo dormir, o dia vai acordar, e meus olhos continuarão abertos, consumidos pelo cansaço.

Resolvi que tinha que falar... Mas com quem? Falar o quê? Se eu não consigo conversar nem comigo mesma, quem dirá com outra pessoa? Então, peguei meu velho pedaço de papel, é o único que me ouve a qualquer hora. Derramo todo esse turbilhão confuso que há dentro de mim, e não sou julgada insana ou menos normal por isso. Sentada aqui na varanda, percebo que o céu antes escuro, já está ganhando tons alaranjados e avermelhados. Parecem chamas... Sim, é isso... chamas! O céu parece estar em chamas. Eis a minha resposta! Chamas... são chamas isso que sinto consumir-me por dentro. Agora sinto, o foco principal está em meu coração, é ele quem queima o restante do meu corpo, não o contrário.

Não consigo entender pq meu coração vive queimando. Que sensação tão cheia de angústia, de dúvidas, de dor. Não sei pq sou assim! Definitivamente não há nada que seja o suficiente para apagar isso. Mas, apagar o quê? Como é que posso agir, se eu nem sei o que acontece? Talvez quando o sono conseguir me vencer isso passe. Mas, enquanto isso, fico queimando, mais uma vez.

Penso em qual poderia ser o motivo disso, tem sempre tanta coisa dentro de mim, tanta gente perambulando nos meus pensamentos, e descubro mais uma vez... Não, não é alguém em especial, não tem ninguém me fazendo queimar, ninguém, além de mim mesma. Sou eu que me queimo, ando ateando fogo em meu próprio coração. Ainda não sei pq, mas sei que sou eu. Consumida por remorso? Amor? Mágoa? Dor? Tristeza? Talvez seja consumida por tudo isso e mais, não identifico exatamente, afinal está tudo se derretendo e se misturando enquanto o fogo se alimenta de mim.

Sempre achei por presunção (muita), eu acho, que eu era diferente. Diferente, tipo, especial, alguém com chamas dentro de si, insistentemente queimando de intensidade, é diferente da maioria. Não é?! É, acho que sou diferente, mesmo. Não pode ser normal queimar assim! Não é possível, que outras pessoas estejam em chamas por dentro como eu, e não demonstrem agonia em seus rostos. Meus olhos se apertam, e meu rosto ensaia uma careta constante, é nitído, eu queimo, dói, e eu mostro mesmo sem querer.

Acho que sou uma louca incendiária, deixar meu coração tranquilo e em paz, não me lembra em nada a vida interessante que imaginei pra mim, e parece ser por isso que eu toco fogo aqui dentro. Talvez por gostar de ouvir os estalos que as chamas fazem, e o laranja brilhante que elas formam. É, talvez, talvez isso, ou talvez seja apenas mais uma teoria. É bem provável que do jeito que eu gosto de mistério, eu mesma esconda as respostas que tanto procuro.

-Era esse o tipo de vida intensa e interessante que você imaginava, Rafaella?!- Pergunto-me.
-Não sei...- E "não saber" me parece sempre a resposta, acho que eu nunca sei muito de mim.

Vou tentar dormir, ou apenas consentir que minhas próprias chamas, me devorem. É, é o que eu vou fazer, parece ser o que eu sempre faço. Não há como apagar uma chama infinita que eu resolvi inconscientemente alimentar cada vez mais. E assim, continuo me queimando... queimando... queimando... Até quando não houver mais alimento pra esse fogo, ou mais nada para ser queimado, o que me parece ser a mesma coisa, já que eu alimento essa chama com tudo o que há em mim.

Espero que eu consiga controlar isso, afinal preciso dormir e acordar inteira, sem ter queimado tudo, tudo isso, tudo o que há por dentro. O céu já está acordando, e parece que meu coração em chamas, não aceita nada que queime mais do que ele. Me obrigando a ir deitar, antes que o sol tão quente, se levante. E eu vou! Já me basta um "sol" que carrego dentro de mim, dois seria insuportável. Vou, sim, não sem antes dizer que na verdade não quero que nada me apague, nem eu mesma me apagarei. O fogo queima, mas me esquenta e me ilumina. Uma contradição óbvia, afinal é de mim, que estou falando. E contradição? É algo que definitivamente faz parte do que sou. Fogo que queima e devasta tudo, sentimento que alimenta e aumenta tudo, sou mesmo fonte de todo esse inferno quente que trago no peito.

[Rafaella Rocha]

segunda-feira, 9 de março de 2009

Um Vinho, pra mim...



Engraçado que quando eu te encontrei, fui logo tomada por uma certeza... "É ele, é ele, é ele!"E, sim, era VOCÊ! Assim que senti teu perfume (o mesmo do meu), e te vi virando em movimentos lentos (como se tudo fosse apenas mais um filme), fui ficando sem ar em cada milésimo de segundo que levou pra você me abrir o sorriso que eu já sabia, mudaria para sempre a minha vida.
E aí, veio o primeiro som, o mundo voltou a girar, e ouvi a sua voz. Você falava comigo e eu absorta, caçava qualquer palavrinha que fosse, pra tentar não continuar com cara de retardada que eu estava. Não podia ficar calada diante aquele que sempre procurei, né?! Por mais palavras que eu tenha dito, estou certa de que quem falou mesmo, foi o meu olhar. Sentia meus olhos te abraçando, e querendo te guardar aqui, dentro de mim. Era você, poxa! O meu "você", que por tanto tempo esperei. Me perdoe toda aquela situação, mas não é todo dia que você dá de cara com sua alma gêmea.


Porém, descobri que o destino é mesmo muito do palhaço, pois te colocou na minha vida, apenas para me dar o gostinho, já que não posso ter você, não agora. Já traçaste teu caminho ao lado de outra! Não que nossa história esteja finda, nós bem sabemos que nada é finito, só que é tudo tão complicado. Mas, que seja, sendo você, quem é pra mim, te esperarei nessa vida e nas próximas que vierem.

Então, fica combinado assim, tá? Na próxima vida, você é meu, só meu, para toda a eternidade, ok? Sabes mais do que todos, que par melhor não haverá, a gente realmente se completa. Quem mais passaria noites e noites conversando sobre sentimento? Sobre o quê? Sobre S-E-N-T-I-M-E-N-T-O! Essa palavra tão pesada, porém suave, que nós dois entendemos tanto e nada. Não só prometo, como te dou a certeza de que ao meu lado, conhecerás outra palavra, a tal chamada (e esperada) F-E-L-I-C-I-D-A-D-E! Tudo me parece muito fácil, quando o assunto é você, e te fazer feliz. Pra mim é como respirar, faço e faria isso pra viver! Desde o primeiro segundo em que te vi, tudo o que eu mais quis, foi isso, foi te fazer feliz.

Te espero, aqui hoje e sempre, nesse lugar que só nos conhecemos, para tomarmos do Vinho que só nós bebemos, e sentir o perfume... Ah, que só nós dois usamos.

[Rafaella Rocha]


P.S: Esse "você" é um dos únicos, talvez até o único, que pra sempre estará em minha vida. Independente de como! E ao ler isso, ele vai se reconhecer... Muitas pistas!

Mãos entrelaçadas...


Me bateu uma vontade danada de mandar VOCÊ ir se danar. E quando eu digo VOCÊ, me refiro á todos os "vocês" que já passaram em minha vida, e não se esforçaram o suficiente para merecer continuar ao meu lado. Vá se danar, por ter me magoado tanto, por ter sido tão idiota, por ter sido infiel, por ter mentido pra mim, por ter sido grosso e por ter me feito chorar. Mas, principalmente, por ter feito com que eu me apaixonasse sem ter a intenção de me ter pra sempre.
Só que também lhe sou grata, por ter me feito querer correr pra longe de uma pessoa como você, por ter me feito perceber que eu mereço mais muito mais, por ter me feito amadurecer, por ter me ensinado o valor real das palavras confiança e lealdade, por ter me ensinado o quanto dói uma mentira e por ter me feito ver que morrer de chorar não vai me levar a canto algum. Mas, principalmente, por ter feito com que eu não me apaixonasse mais pra sempre por você.
Acordei querendo mais do que simples momentos, acordei querendo alguém totalmente diferente de você, alguém que me abrace com tanta força que me deixe sem ar, mas tudo isso pra me provar o medo imenso que tem de me perder. Quero alguém que não minta pra mim, alguém que faça por merecer meu fechar de olhos e minha confiança absoluta. Quero alguém que me proteja, me conforte, me guie, me cuide e acima de tudo, me ame. Alguém que me pegue pela mão, e apenas me ame. Sim, eu quero um clichê, quero paz...
Sim, é isso que eu quero, hoje, é isso que eu quero. Quero que você se dane, e que eu possa entrelaçar meus dedos em outras mãos, em mãos que mereçam o calor das minhas. Quero um alguém, que simplesmente, não seja você!

quarta-feira, 4 de março de 2009

Do tamanhinho do nada... e maior que tudo...


É, eu estava me conformando em ficar sem você, sem teus abraços, sem tua voz falando coisinhas pra me conquistar, mas aí, você reaparece. Reaparece com todo teu conhecimento sobre mim, me seduz daqui, me seduz de lá, e me pega de volta pra você. A porta tava fechada, você bateu algumas vezes, ficou sentado do lado de fora esperando que eu abrisse. Fiquei com o coração do tamanhinho do nada e maior que tudo, abri. Vem você e me abraça toda, abraça até meus pensamentos, meus gestos e me deixa mais quente. Tava frio sem você, tranquilo, mas frio. E você esquenta tudo, me convencendo de que por mais doloroso que seja, é do seu lado que eu devo ficar. Do seu lado?! Bom, só quando você me quer, e eu fico á mercê dos seus caprichos. Pq?! Pq eu sou boba, e você me deixa ainda mais, sempre que sorri com dentes fortes, e me pega com braços ainda mais fortes. Você me segura, você me prende, você me toma, e eu fraca que sou, entrego esse coração todo quebrado que você insiste em deixar sempre que se vai.

Nem sempre sou assim, dócil, só que você doma essa mulher sem amarras que criei em mim. E como doma! Viro bichinho de estimação, troféu de prateleira, assim, de bandeja. E não importa como, nem quando, nem aonde, meus melhores beijos sempre serão seus. E você sabe, sabe tanto que me beija como se eu fosse a única, até me sinto, mas o depois. Ah, o depois! Até disso esqueço, quando você alisa meus cabelos, quando sente meu cheiro e gruda em mim, fingindo ter medo de que o mundo se acabe naquele momento. És tão cheio de truques, e me coloca na primeira fileira desse teatro estúpido. Cansei das tuas interpretações, já vi todas as tuas peças, e encenações. Mas, pq danado, ainda te aplaudo de pé?! Pq eu sou tola, muito tola.

A gente se odeia, se desentende, e depois fica tudo bem. Eu pinto esse quadro com muitas mais cores do que você pinta, e daí? E daí, que eu sou a ridícula? Um dia terei a resposta, ou até a gana de não abrir mais nada de porta pra você. Enquanto isso, te deixarei entrar, pq só uma masoquista poderia gostar de um tamanho narcisista. E em um prazer insensato, sorrio mais uma vez e apago temporariamente o ódio que você quase sempre me faz sentir.

Fico pensando em como tudo é diferente, tudo é aventura, tudo é arrebatador, quando tu me agarra e me puxa pro teu mundo. A gente se beija, desejando chuva, e do nada nuvens se formam e as gotas começam a cair entre nossas bocas grudadas. Penso que é bruxaria, só pode! E você deve é ter lançado um baita de um feitiço sobre essa pobre princesa perdida. Tá, eu sei que esse papel de mocinha, não cabe em alguém que apresenta tanta força, em seus cabelos avermelhados, mas essa fantasia cai como uma luva em mim, quando é você quem manda vestir. Ah, é tudo um conto, e eu sempre aumento alguns pontos, pq eu gosto é de coisas fantasiosas. Mais uma vez mando ás favas, a porra da realidade chata, só pra curtir essa coisa doida que nos une. Sabe o que é?! Tu me faz livre, me solta, me liberta. Parece até que eu descobri o mundo, e é tudo tão intenso. Aprendo e aprendo, desaprendo e desaprendo, crio uma utopia. E é tão embriagante, tudo isso. É isso! Você me embriaga, fico de porre, e depois me ferro pra curar a maldita ressaca que só você me dá.

Não sei de nada, absolutamente nada do que se passa em você quando olha pra mim. Mas, dá uma vontade danada de ler cada pensamento. Um mix de vontade e medo, claro. Sei lá se tem coisa boa aí, ou se você me olha como um objeto. Ando permitindo que você me use, mas aviso logo, que essa coisa nociva não será feliz pra sempre pra você. Sei muito bem que o meu "feliz para sempre", não é ao seu lado. Tem nada não, uma hora isso acaba, e vou lembrar com uma certa raivinha de ter sido tão maluca. Enquanto isso, eu me divirto e depois sangro.

Quem sabe um dia a princesinha perdida, dá um tombo no vilão sedutor da história, hein?! Bem sabemos que nessa história, é tudo muito do imprevisível. Não se encha de confiança, pq eu sempre saio dessas enrascadas no momento mais inesperado, e coincidentemente, deixo alguém no chão. Viu?!

Mas, me beija, me beija forte, me abraça forte, me faz pequena, faz tudo diferente de todos, que eu até vou deixar essa minha força de lado, só pra poder ficar contigo. Pelo menos por ora! Por ora, abrirei a porta.

[Rafaella Rocha]