sábado, 28 de março de 2009

Minhas Lágrimas, por e para você...





Pela primeira vez, você realmente me provocou um belo nó na garganta, e o fez com consciência do que estava fazendo. Sabes bem que todas as pessoas no mundo suportariam uma atitude indiferente ou cheia de descaso sua, menos eu. Poxa, depois de tudo o que eu fui, sou e sempre serei por você, eu merecia um "tô sem paciência ou sei lá, mas com ela não, ela não posso maltratar". E nem isso! Você me veio com uma simples frase, uma resposta. E isso me doeu mais do que todas as coisas mais terríveis que já ouvi. Não, você não falou nada de cruel, você simplesmente não foi o meu você de sempre.

Tá vendo, Rafaella?! É o que dá idolatrar alguém tanto assim... Tá sentindo agora que o nó na garganta já consegue provocar lágrimas?! E a sua voz já tá ficando embargada, tá vendo?! Já dói falar. Pensativa, me respondo... Pois, é... Eu sabia!

Eu nunca tinha me magoado diretamente contigo, na verdade eu mesma me magoava interpretando cada gesto teu, e dando de cara com meus erros de interpretação. Raramente estive certa com os teus sinais, e hoje entendo que eu só via o que queria ver. Não me culpe por ter sido tão iludida a ponto de ser burra e distorcer suas atitudes, dizem que é um dos sintomas dessa doença chamada amor. E é, essa doença está manifestando todos os seus sintomas, todos de uma vez, todos fortemente me consumindo.

É assim, meu amor por você, me consome, me engole, me arrasta para um mundo mítico e sem janelas. Só você tem a chave, só você poderia me fazer respirar em plenos pulmões, você sempre será o melhor ar, o ar que eu quero respirar.

Sim, eu te amo... te amo mais até do que sei, pois sei classificar todos os meus sentimentos, sei dizer o que significa cada fisgada que meu coração dá, mas é só quando penso em você, que confundo a gritaria que meu corpo e alma insistem em dar. Eu choro, choro de desespero, é difícil não entender e entender tão perfeitamente, esse presente de grego que é meu amor sem limites por você.

Enxugando minhas lágrimas, sarando minha dor, rezando para não mais sofrer tanto assim... Não por você, supostamente você não seria capaz de me machucar, lembra?! Então, supostamente não devo mais sofrer tanto assim por você.

Confusa, muito confusa, minhas palavras parecem não gostar uma das outras e se desentendem, formando uma bagunça cheia de letras sem sentido, apenas cheias de sentimento. É, está tudo confuso, muito confuso.

[Rafaella Rocha]

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