domingo, 21 de novembro de 2010
Foi baixo... Final (?)
Eu sabia, meu coração berrava sempre a mesma coisa, ele esgoelava a seguinte frase toda vez que você aparecia em minha mente ou na minha frente: Ele vai foder sua vida!
Meu sempre burro coração, sabe, ele sempre sabe que vai se dar mal, mas se joga. Abre os bracinhos vermelhos, já cheios de cicatrizes de outros suicídios sentimentais, corre, dá um pulo e se entrega cheio de esperanças de que alguém o trate com carinho e o faça sarar. Ele grita, ele sabe, eu grito, eu sei, mas ele se joga, eu me jogo. É sempre assim!
Peguei ali, a caixa de costura, e mais uma vez começo a remendar esse coração estúpido que resolvi criar, começo a me remendar, a tentar reconstruir esse kamikaze disfarçado de coração. Cada ponto dói, cada vez que a agulha atravessa parte de mim, dói e dói muito. De quem é a culpa? Não é bem no que quero pensar agora, não mudaria o fato de ter dentro do peito, toda a dor que tenho aqui. Você provavelmente está rindo, acredito que nem saiba o tamanho do estrago que fez, mas eu sou assim, eu e meu coração somos assim, sentimos muito. Estranhamente, agi de forma contrária à forma que me sentia, fiquei mais fechada, mas eu te dizia, te falava, e era pra você ter acreditado em mim, era pra você ter me tirado esse medo absurdo que me travou toda. Me joguei, mas fui escorrendo por cima desse sentimento, sem conseguir me agarrar em nada, e você não me segurou.
O engraçado é que você diz que eu não te quis, se você soubesse o absurdo que saiu da sua boca, cataria letra por letra e apagaria tal pensamento. Bom, isso se foi realmente o que você pensou, algo me diz que é aquela velha tentativa masculina de jogar a culpa na idiota que te gosta, já que no final das contas, brincar comigo parecia divertido, e se envolver de verdade, nunca foi tua real intenção. Acho que tocar baixo e arrasar corações alheios, lhe parece um hobbie atraente.
Agora estou desejando que aquela sua brincadeira boba sobre raspar os seus cabelos, fosse verdade, assim não ficaria com tanta saudade de passar a mão no teu cabelo "jon bon joviniano". Quero destreinar meus ouvidos para não mais perceber o som do baixo nas músicas. E confesso que como toda mulher que é assumidamente, ou não, vingativa, comemorei o fato do teu time ter perdido um jogo importante, por saber da tua paixão pelo meu time inimigo, que por tua causa tornou-se motivo de minha torcida pra te ver feliz.
Profecia concretizada! Hoje observei você foder de vez com a minha vida, vou tentar não perceber o som estúpido que a porra do baixo faz pra não pensar em você tocando, e aqui entre nós, vou querer que seu time se foda, hoje eu não quero te ver feliz. E é assim, que eu e meu coração não nos ouvimos, e já encontrei um ângulo menos feio pra chorar em frente do espelho, como eu tinha previsto, visto e revisto.
(Rafaella Rocha)
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Um comentário:
Lendo e relendo teus comentarios, teus post, é como se fosse eu a pensar e escrever, como pode, adorei o termo ESSE HOMEM VAI ME FUDER... não no sentido da palavra,(tambem) mas no generico dela, eu sempre acabo tambem me machucando, pois meu coraçao tambem não me ouve. Agora estou amando, vamos ver kkkk, mas tb ja estou profetizando e sei que vou voltar aqui e reler a tua poesia já sabendo que ESSE HOMEM VAI ME FUDER...
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