quarta-feira, 24 de agosto de 2011
Um sonho livre...
Hoje eu sonhei contigo, tá bom, isso não é novidade, eu vivo sonhando com você. Mas dessa vez foi diferente, a gente se beijava, se amava, se curtia, se era, se fazia, se completava... Só que de repente o holofote que resolvi que ia te iluminar como astro de uma peça pra sempre em cartaz, se apagou. Do nada! E aí, eu enxergava tudo aquilo que você não era, tudo aquilo que você nunca foi, teu toque me repelia, tua voz me dava vontade de ajoelhar e pedir a Deus para ficar surda, e te olhar me fazia querer aproveitar que eu já estava ajoelhada e pedir pra ficar cega também.
Eu não te amava mais... E você me amava muito! Eu era você e você era eu, agora. E como foi ridículo aquilo de implorar pelo meu amor, vou me lembrar de nunca mais fazer isso pelo amor de ninguém. Amor implorado é um amor impuro demais para ser recebido ou aceito, e esse tipo de amor nunca me completaria. Eu nunca conseguiria ser quem eu quero ser, com um amor assim, dando ou recebendo um amor assim.
A sensação de não te amar mais era forte, parecia que o meu próprio Muro de Berlim tivesse sido destruído e eu estava inteira novamente, eu era eu de novo, era eu completa, não era mais um eu que que era você também. Foi libertador! Era como uma sensação pós-banho que duraria para sempre, entende? Uma vontade de sorrir e dizer um sonoro "bom dia" para todas as pessoas que cruzassem o meu caminho, e mais, eu tinha vontade de abraçar toda e cada pessoa, só para que todas elas pudessem sentir meu coração bater livre, bater menos angustiado, bater feliz, bater sem você. Queria que todo mundo sentisse cada batidinha linda que esse coraçãozinho burro, que do nada se tornara inteligente estava dando. Que som lindo!
Não te amar mais era como me amar mais, na verdade, não te amar, era como me amar, pois aparentemente eu te amava tanto, que não sobrava amor para mais nada nem para mais ninguém. Eu podia amar de novo! Eu podia amar qualquer coisa... Eu lembro que amei até a areia nos meus pés, eu que sou uma mulher de salto, estava feliz e saltitante pela areia, quase dava para ouvir Age of Aquarius, e eu parecia uma hippie louca e insuportavelmente feliz. Eu ri disso!
Eu olhei para trás, e via você tentando me alcançar desesperadamente, você correndo em slow motion. E eu pensei: "Como pode alguém correr em slow motion, gente?!", e continuei andando curtindo a minha liberdade de você, nem teus cabelos ao vento me impediam, nem quando você parava e colocava as mãos no joelho porque estava cansado e implorava para que eu parasse de fugir de você, nem quando você me jurava o amor eterno que eu sempre esperei, nem nada. Eu olhei de novo e você estava mais próximo e eu conseguia te ouvir um pouco mais alto, você dizia umas coisas sem sentido, e eu curiosa, parei para tentar entender.
E foi aí que você me alcançou de novo, você sorriu e disse:
- Acorda, Boba! É só um sonho... Você ainda vai me amar infinitamente quando acordar, você ainda vai querer morrer por não me ter, você ainda vai se desmanchar inteira quando eu te olhar e você ainda vai sonhar em estar nos meus braços! - e você deu uma gargalhada alta e gutural, quase maléfica e cheia de você.
Eu caí ajoelhada e implorei: - Me deixa sonhar, por favor! Me deixa não te amar, me deixa livre, me deixa feliz sem você... Deixa, por favor! -
Você pegou minha mão direita, deu um beijo nela e disse:
- Não posso, Sweet! Teu amor infinito não foi escolha minha, foi escolha sua... Vem, acorda! Volta para teu inferno particular... Eu! -
Acordei como uma prisioneira de volta à sua cela... Você!
(Rafaella Rocha)
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7 comentários:
Ola Rafinha, parabéns novamente pelo post, cada vez que leio uma coisa tua, parece que tu escreve em meu lugar, coisas e aquilo que estou sentindo e querendo pôr para fora, meus sentimentos, meus momentos, meus amores. Adoro pessoas inteligentes e romanticas que sabem expressar , embora isso nos cause muitas lagrimas e grande dor. Beijos linda, no teu coraçao.
Ow, Luísa!
Muito obrigada pelos seus comentários, como sempre carinhosos...
Espero que um dia eu possa escrever só coisas boas, e você também viva o mesmo...
Beijão!
Ola Rafinha, por onde andas, espero que tua vida tenha tido um rumo legal, que tenhas te encontrado, puxa mas nao deixa de escrever, mesmo que sejam de felicidade, de tristeza de tudo, uma pesssoa que nm tu nao pode fica incognita e tb de onde vou roubar textos lindos que falam por mim....... volte, de noticias pelo menos, um beijo.
Oi, Luísa...
Tudo bem?!
Menina, ando inspirada, mas sempre nos momentos errados, sempre quando não tô podendo escrever. Aí quando eu posso, não sai nada que preste...
Mas postei uma bobagenzinha...
E você o que me conta de bom?
Detalhe, eu nunca vou me encontrar pelo visto... hahahahahah...
Mil beijos!
Putz que coisa linda guria, escreve com a alma, coração, tudo, sou tua fã n°1, estava sentindo falta de ti,tu é muito verdadeira e a gente é muito parecida, ja te falei isso outras vezes, pessoas como nós sofrem mais, pois esperamos demais de outros, queremos que nossas respostas sejam as mesmas delas, ai que caímos do cavalo. Eu ainda continuo muito apaixonada(2 anos) virtual,terminamos, voltamos sempre kkkk, amo, sofro, sou feliz, sou tudo e tenho todos os sentimentos possiveis e reais, embora seja virtual, tenho certeza que ele me ama do mesmo jeito que o amo, pois a gente tb é muito parecido e só temos essa maneira de amar, somos felizes assim.
Te roubei
http://luisadrawsson.blogspot.com/2012/04/orgulho-ou-amor.html
"Amor implorado é um amor impuro demais para ser recebido ou aceito, e esse tipo de amor nunca me completaria. Eu nunca conseguiria ser quem eu quero ser, com um amor assim, dando ou recebendo um amor assim."
"Não te amar mais era como me amar mais, na verdade, não te amar, era como me amar, pois aparentemente eu te amava tanto, que não sobrava amor para mais nada nem para mais ninguém. Eu podia amar de novo! Eu podia amar qualquer coisa..."
#PERFECT
#UMSONHOLINDO
Tenho desejos de me libertar, mas a paixão agarra o amor e aí já é tarde...
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