sexta-feira, 7 de maio de 2010
Mãos frias...
É insuportável, é muito grande, é sem tamanho... Me pergunto se alguém já se sentiu assim, assim como eu me sinto por você! Gostaria de saber se há outra infeliz que tenha merecido destino tão cruel, como eu. Não que eu ache que nada que tenha feito, nessa e em outra vida, me façam merecedora desse amor por você. O quão burra alguém é, a ponto de gostar tanto de alguém que nada sente? Eu não sei, ninguém sabe, nem saberá, mas continuarei procurando uma resposta, uma solução... Quem sabe até uma CURA?
Cansei os ouvidos de Deus, a Quem mal me sinto por tanto te implorar, ou de tanto rogar para não mais te sentir tão preso em meu ser. Um dia Ele me atenderá! Sim, é a fé que não me deixa desesperar. Se bem que vivo desesperada, digamos apenas que ela não me permite enlouquecer pra sempre. Sabe quando você sabe que uma linha tênue te separa da insanidade eterna? Me sinto assim, o tempo inteiro. Sei que ninguém em sã consciência, estenderia receptivamente os braços para um amor assim como esse. Mas e quem é que quer um amor comum? Quem seria tão são a ponto de negar um amor assim tão louco, porém tão infinito?
Fiquei na tua frente, e não me lembro o que disse, minhas palavras saíam em uma frequência que meus ouvidos não entendiam. Foi quando entendi que quem te falava, era o meu coração, ele ali, se esforçando para contar como é difícil viver sem você, como ele te quis e te amou desde que te viu, desde que te sentiu. Meu rosto queimava lentamente, o que me deixou ainda mais nervosa! Quem é que quer parecer uma adolescente corando, gaguejando e tremendo, por puro nervosismo? Eu, certamente não queria, mas foi exatamente o que me aconteceu quando olhei para teus olhos, quando senti teus braços me puxando para um abraço, e finalmente quando me soltaste pude sentir a ausência de chão. É, você sempre tira meu chão, e para meu mundo! Bancando a boba, ali, bem na tua frente, mas feliz de estar perto. Sabe? Por menos que seja, pra mim tudo é tanto, tudo é muito.
Ao nos despedirmos, tocaste em minhas mãos, e rapidamente me olhaste assustado, por tê-las sentido frias e gélidas. Pude sentir você raciocinando e percebendo que ainda exerces tudo isso sobre mim, ficaram nítidas as coisas se encaixando em tua mente, e minha vontade de sumir aumentando a cada percepção tua. Nada meu, funciona em você! Eu não consigo nem ser charmosa, quem dirá sedutora? Sou uma folha em branco, ou alguém que acabou de nascer, sem conhecimento algum, sem sabedoria alguma, sem atitude, rendida e presa ao sentimento. Não pude disfarçar o rosto ficando vermelho, não consegui dizer uma palavra sem gaguejar, não pude parar quieta, não pude ser, não pude nem existir. Tua existência, sempre dominará a minha, sempre! E eu me rendo... me rendo...
[Rafaella Rocha]
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