quarta-feira, 28 de março de 2012

Da vontade de ser orgulho, não amor...


Você insiste que essa minha luta pra te ter de volta, é orgulho ferido, é posse, ou coisa de quem nunca perdeu nada, nem ninguém. Você não sabe quantas vezes desejei que você estivesse certo, que eu realmente só estivesse chateada por você não voltar toda vez que eu te chamar. Eu quis, eu juro que quis! Várias vezes te desdenhei, zombei e te amaldiçoei por não me querer mais, pensava que o azar era totalmente seu. Chorei por dias, e tentei me convencer todas as vezes, que eu não tinha perdido nada, e você tinha perdido tudo. Foi quando eu me vi sem nada, porque você levou o meu tudo, na verdade você era o meu tudo, e hoje tudo pra mim é só metade, é como sobreviver sem pele, sem alma, sem nada. E isso dói, é o que vai me levar à loucura.

Não existe sanidade ou equilíbrio na minha vida, sem você. Eu vou andando por aí, mancando e me arrastando, porque emocionalmente eu não estou mais inteira. E é como viver no inferno, é viver de forma vazia e sem graça, ou é como não viver, é como existir, é como tentar escutar algo e ser surda, simplesmente não tem sentido. Assim sou eu, sem você, sou assim sem sentido, sem sentir, sem sentimento.

E eu sempre vou te querer de volta, eu sempre vou querer ser inteira de novo... Mas te amo o suficiente para permitir, mesmo que isso me machuque de formas desconhecidas, que você siga o seu caminho. Vou me calar e torcer para que o seu caminho cruze com o meu de novo, e que dessa vez a gente faça tudo certo, que a gente possa ser o que sempre sonhamos, porque a gente é a gente, nós sempre seremos nós, de uma forma inexplicável, eu sempre vou te amar pra sempre. E eu sempre vou te esperar...



[Rafaella Rocha]